A Necessidade De Saber Bem O Que Está Fazendo

Na opinião do advogado Attila Andrade, que atua na área de imigração entre Brasil e Estados Unidos o empresário brasileiro com intenção de abrir uma empresa no País deve aprender logo quando chega que o jeito de fazer negócios por aqui não é como no Brasil. ‘’ Os EUA são um país de leis, um dos poucos no planeta. O que o imigrante deve aprender logo quando chega é o de limpar sua mente das práticas brasileiras. Esse é um Pais de leis onde se respeitam as leis’’, avisa.

O advogado cita que o visto EB5 é o mais indicado, pois em poucos anos o empresário brasileiro pode ter residência legal no País. Se caso o investimento de 500 mil dólares não for possível a alternativa seria o visto L1.

O visto L1 é aquele que é obtido por uma empresa brasileira (com mais de 2 anos de existência no Brasil) que resolva abrir uma subsidiaria ou filial nos EUA, no caso, na Flórida. É mais barato e não se requer sequer capital mínimo da empresa americana, subsidiaria ou filial. ‘’Claro que o capital deva ser realista para não ensejar o entendimento por parte da autoridade imigratória americana de se tratar de uma ” farsa” ‘’, alerta o advogado.

Andre Vaccaro, especializado em consultoria entre empresários brasileiros e o Mercado Americano, lembra que o mercado americano vai ficar ainda mais convidativo para os estrangeiros com o novo pacote tributário americano que baixou os impostos. “o mercado americano oferece mais condições e facilidades de trabalho para os pequenos empresários, quer seja na constituição de sua empresa, em sua gestão, bem como na inserção da mesma no mercado’’, lembra.

Nos EUA, são consideradas pequenas empresas aqueles empreendimentos com faturamento menor de U$ 15 milhões por ano. De acordo com dados publicados pelo SBA, das cerca de 28.8 milhões de empresas radicadas nos Estados Unidos em 2013, apenas 18.600 não são consideradas pequenas empresas.

Vaccaro está otimista com os negócios para 2018. Para exemplificar, ele lembra que para o ano de 2018 o orçamento dos estados Unidos é de US$ 4,1 trilhões, onde US$ 500 bilhões serão destinados a contratações de empresas. Destes $500 bilhões, 23% serão dedicados obrigatoriamente a pequenas empresas, principalmente em programas de apoio as pequenas empresárias lideradas por mulheres;  empresas localizadas em regiões de baixo desenvolvimento; empresas pertencentes a veteranos de guerra e empresas pertencentes a indivíduos em desvantagem social e/ou econômica  –  considera-se desvantagens sociais os cidadãos americanos de origem latina, afrodescendentes, nativos americanos/indígenas, asiático-americanos e desvantagens econômicas cidadãos americanos  com comprovação de baixo nível de posses e renda.

Ele lembra que diversos são os casos de fracasso de entrada no mercado americano de grandes e conhecidas marcas de sucesso no Brasil, que decidiram por não investir em consultorias autorizadas e capacitadas, que pudessem auxilia-los e orientá-los para que pequenos erros (que geram grandes prejuízos) pudessem ser evitados.

Outro ponto importante, na sua opinião, é a decisão de quem conduzirá o negócio localmente. Caso o empresário decida contratar um gestor no mercado local, quer seja uma empresa de consultoria que organize sua empresa e possa oferecer contrato de gestão localmente, ou mesmo a contratação de um executivo disponível no mercado local e com documentação de trabalho legalizada, o caminho é suavizado. “Em suma, o principal fator-chave de sucesso é o correto planejamento”, finaliza.