Cresce Número de Estudantes Brasileiros nos Estados Unidos

Entre os países da América do Sul, Brasil teve o maior crescimento 13,1 %, em segundo vem a Argentina com 6,7%

 

Nem mesmo a crise brasileira tem afastado os estudantes de conquistar o tão sonhado diploma em uma Universidade Americana. De acordo com o relatório anual do Student and Exchange Visitor Information System (SEVIS) o número de estudantes internacionais vindos da América do Sul cresceu 4,3% entre Março de 2017 e Março de 2018, e quem mais enviou estudantes foi o Brasil. O número de estudantes brasileiros cresceu 13,1%.

A América do Sul ganhou da Austrália – 3,3% de aumento e África, 1,4%. As outras regiões, Europa, América do Norte e Ásia tiveram números negativos, -1,1%, -1,7% e -0.8% no período da pesquisa.

O único país da América do Sul que registrou diminuição no número de estudantes enviados aos Estados Unidos foi a Venezuela, com 8,7% a menos.

No total geral o número de estudantes com visto F1 entre Março de 2017 e Março 2018 caiu apenas meio por cento, passando de 1,208 milhão de estudantes para 1,201 milhão em Março 2018. Já o número de estudantes para o visto J1 aumentou mais de 4 por centro, subindo de 201,4 mil para 209,5 mil.

 

Dentro dos Estados Unidos

O relatório mostra ainda as estatísticas dentro dos Estados Unidos, para onde esses alunos vão e quais as universidades mais procuradas. O país tinha em 5 de Março de 2018, 8.744 escolas registradas e aptas a receberem estudantes estrangeiros. Destas 8,7 mil escolas, 85% estão aptas a registrar alunos para visto F1, 8% para vistos F1 e M1, e apenas 7% para visto M1.

Dentro dos Estados Unidos, a região Sul – onde inclui a Flórida – recebeu cerca de 27,3% dos estudantes estrangeiros entre Março de 2017 e Março de 2018. Perdendo apenas para a região Nordeste, onde está o estado de New York, 27,4% de aumento. O oeste americano ficou em terceiro lugar com 24,5%. O Centro Oeste com 20.3%

Os 16 estados da região Sul dos Estados Unidos e o distrito de Columbia (onde está localizada a capital dos EUA) receberam, entre Março de 2017 e Março de 2018, 328,7 mil alunos estrangeiros. Esses alunos vieram de 229 países.

Em todo os Estados Unidos, a Flórida é o terceiro estado com mais escolas cadastradas para oferecer o I-20, documento que permite ao estudante dar entrada no visto de estudante, tanto o F1 quanto o M1. Ao todo são 547 escolas, em primeiro lugar está o estado da Califórnia, com 1173 escolas, e em segundo lugar o estado de New York, com 640.

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Universidades

De acordo com o relatório, as escolas que mais receberam estudantes internacionais nos EUA durante o período pesquisado foram: New York University, Univerisity of Southern California, Columbia University,  Northeastern University, Univeristy of Illinois e Arizona State University.

Nessas universidades, 58% dos alunos estrangeiros conseguiram matricula nos cursos de bacharelado de 4 anos e mestrados. A grande procura estava nas áreas como negócios, engenharia e ciência da computação.

 

Tipos de vistos

O visto F1 é usado por estrangeiros que querem estudar nos EUA, seja cursos de inglês, bacharelado, mestrado e doutorado. Aqueles que procuram cursos de curta duração, como os cursos técnicos, podem solicitar o visto M1.  Já o visto J1 é usado para intercâmbio cultural, como aupair.

Os dois primeiros vistos são regulados pelo Student and Exchange Visitor Program (SEVP). O último visto é regulamento diretamente pelo governo federal.  Os dois departamentos mantêm troca de informações que permite o Deparment of Homeland Security (DHS) ter dados de todos os alunos internacionais e suas condições migratórias.

 

Veja relatório oficial do SEVIS

https://www.ice.gov/doclib/sevis/pdf/byTheNumbersApr2018.pdf

Ser au pair nos Estados Unidos pode ser uma alternativa de intercâmbio

Conheça histórias e de quem já foi au pair e como isso mudou a vida delas

COLABORAÇÃO – LUCIANA PIRES

 Há 28 anos que jovens de vários diferentes países chegam todos os anos nos Estados Unidos como intercambistas participando do programa chamado “au pair” (que em em tradução livre do francês significa “ao par” ou “igual’’). Esse tipo de intercâmbio permite que jovens entre 18 e 26 anos venham para os EUA para estudar e trabalhar como babá para famílias americanas. Em troca de uma ajuda de custo semanal, as famílias têm uma babá a baixo custo, independentemente do número de crianças e com total disponibilidade de trabalho. Mas esse tipo de intercâmbio vale a pena para o brasileiro?

Ao todo são pelo menos 15 agências atuantes no mercado americano que oferecem esse tipo de intercâmbio. A maioria dos participantes são meninas, mas há casos de rapazes. As agências fazem a aproximação entre as famílias e os candidatos, mas cabe às famílias escolherem quem eles querem acolher em suas casas por um ano.

O contrato entre agência, família e o au pair (como também são chamados os participantes do programa) consiste em que o au pair trabalhará cuidando das crianças da família com uma carga horário máxima de 45 horas semanais, receberá um pagamento semanal, morará com a família e receberá uma bolsa de estudos paga pelas famílias no final do contrato. O objetivo desses jovens é na sua maioria de aperfeiçoar o inglês e conhecer os Estados Unidos. Já as famílias muitas vezes precisam de uma babá com total flexibilidade de horário para o trabalho, querem contato com uma nova língua/cultura e não quer querem pagar muito por isso.

Quando Giovanna Simionato, de 25 anos, saiu do Brasil em 2010 para ser au pair no estado de New York, sabia bem o que queria. Ela considerava importante desenvolver fluência em inglês e além disso sonhava em fazer um intercâmbio. Recém-formada em terapia ocupacional, ela veio para trabalhar cuidando de 3 crianças, duas delas gêmeos autistas. Para ela o programa trouxe mais do que a fluência no inglês “Ter sido au pair nos Estados Unidos, foi com certeza, uma das melhores experiências da minha vida! Vejo quantas coisas eu aprendi e outras que desenvolvi. Não foi apenas uma oportunidade para aprimorar meu inglês.  Fiz amizades com pessoas do mundo inteiro: Croácia, México, Alemanha, Equador e outros brasileiros. Viajei para muitos lugares inesquecíveis!’’ ressalta Giovanna.

Para Gesiele Miller, de 31 anos, a experiência não foi tão boa. O relacionamento com a primeira família não foi dos melhores, mas ela não desistiu. Segundo Gesiele a família não tinha paciência com a sua pouca proficiência na língua e não eram amistosos. Depois de 3 meses, ela entrou com um recurso junto à agência e trocou de família. ‘‘A nova família era ótima’’, lembra ela, que participou do programa quando tinha 26 anos. Gesiele conta que decidiu por esse tipo de intercâmbio depois de perder emprego duas vezes no Brasil por não falar inglês.

Pelas regras do programa, as famílias e o/a au pair podem solicitar a mudança, caso uma das partes não esteja satisfeita com a convivência ou por outros motivos. De acordo com um levantamento feito pela British Council, apenas 5% dos brasileiros sabem falar inglês. Logo, muitos dos jovens que participam do programa acreditam que o melhor nível de inglês irá ajuda-los na colocação do mercado de trabalho ou até mesmo em melhores posições.

Giovanna assume que ter voltado para o Brasil com o melhor nível de inglês a ajudou na hora de conseguir um emprego. Gesiele, que tinha o mesmo objetivo, acabou não voltando para o Brasil depois de terminar o programa em 2010. Ela se casou e hoje trabalha como analista de rede no banco Wells Fargo. “Eu vim achando que minha experiência aqui me ajudaria no Brasil, mas na verdade minha experiência no Brasil na área técnica me ajudou aqui. O programa au pair acabou sendo só uma aventura’’, conta ela.

O programa tem um contrato com o período mínimo de um ano e pode ser estendido por até mais um ano. O longo período de estadia e o retorno financeiro que o programa oferece, uma vez que o au pair estará trabalhando e não gastara com moradia e alimentação, são fatores que atraem muitos participantes para esse intercâmbio.

Para Martha Sanches, de 27 anos, o programa acabou se tornando um ponto de partida para uma nova vida. O programa, que só admite participantes maiores de 18 anos, já tinha se tornado seu sonho quando ela era ainda uma adolescente. Logo depois que completou 18 anos, Martha chegou nos Estados Unidos para morar em Maryland com inglês que ela aprendeu sozinha. Com o fim do seu contrato de au pair, no qual ela ficou por 18 meses, ela teve que voltar para o Brasil. “Antes de ir eu pesquisei como poderia voltar para os Estados Unidos e voltei como estudante’, conta ela que voltou com a mãe e o irmão para morar em New Jersey.

Em 2010 Martha se mudou para New York, fez o curso de fotografia, se formou em Liberal Arts e hoje assina o blog www.nyandabout.com.

Publicado no AcheiUSA.com

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